Existe um mundo além de nós dois.

Muitos casais se apaixonam e vivem o tempo todo grudados na  ânsia de se descobrirem, de viverem todas as emoções possíveis,  como se o mundo fosse acabar amanhã.

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Acreditam estar apaixonados e a sensação de que encontrou a metade de sua laranja leva ao  esquecimento de fazer a análise da pessoa com quem está se relacionando para  perceber se existe uma possibilidade de futuro real entre os dois.
Porque ás vezes,  as diferenças entre ambos é muito  acentuadas e eles só vão se dar conta disso ao aparecer  os conflitos, quando obrigados a conviver em sociedade,  se deparam com o choque cultural, racial,  social e ou econômico entre eles mesmos, suas famílias e amigos.

Nos contos de fadas entre príncipes e plebeias ou tipo a “Bela e a Fera”, funcionam muito bem e enchem de esperanças os corações dos mais românticos, mas na realidade, quando existem estas diferenças entre o casal, fica complicado manter aceso o fogo da paixão. Pois corpos se entregam aos instintos sem  diferenciar cor, religião, classe social… embriagados apenas pelo prazer compartilhado. Porém a pessoa em sua essência leva enraizado tudo que ouviu, leu, viu, assistiu,  e aprendeu desde sua infância, constituindo seu caráter, seus valores e crenças que condizem com o meio em que viveu. Por exemplo, ela pode abrir mão de passear num shopping por  um tempo, se foi acostumada em ambientes refinados,  mas um dia sentirá essa necessidade; como também se foi criada na simplicidade, sentirá falta de comer um cachorro quente no carrinho da praça,  se passar a frequentar apenas restaurantes de luxo. Assim se forem muito diferentes, se não tiverem afinidades, o tempo irá tornando difícil o dia a dia do casal que poderá complicar ainda mais se não houver a aprovação das famílias, pois  mero  engano é pensar que vai se casar apenas com o amado, pois na verdade, se leva todo o pacote, tornando difícil a adaptação,  principalmente se forem de nível social muito diferentes, pois existem  hábitos e costumes inerentes a cada classe e,  aceitar o outro dependerá de muito boa vontade.

              Resultado de imagem para foto de familia simples          Como sobreviver as diferenças?

O diálogo franco é o primeiro passo para todo e qualquer relacionamento,  ele determinará o quanto cada um pode contribuir para suprir as necessidades do outro.

Ser verdadeiro é um requisito importante porque fingir ser o que não é, a longo prazo fica insustentável, cairá a máscara e a decepção fará ruir todo o alicerce, e provavelmente levará um rompimento.

Estar aberto para mudanças procurando entender  e vivenciar a maneira  do outro ver as coisas e adaptarem para o seu dia a dia, trará companheirismo e cumplicidade ao casal.

Um participar da família do outro de maneira cordial e cautelosa, não interferindo nos problemas deles, é uma boa forma de conquistar a confiança dos familiares.

Outro ponto importante, é a religião. Participar da igreja, de grupos, encontros e retiros, trará o crescimento espiritual, diminuindo o egoísmo, ensinando a prática da solidariedade, promovendo um maior conhecimento do outro e estreitando  os laços afetivos, trazendo paz, amor e união ao casal e seus familiares.

 

 

 

Na fase da paquera observe:

 

 

Se achar que é muita areia para seu caminhãozinho, não viaje.

Quando se começa um relacionamento achando que o outro é mais que você, já está queimando a largada.

Os opostos se atraem… mas são os empáticos que  permanecem juntos.

É preciso estar atento ao se envolver com uma pessoa.

Estórias com princesas  e plebeus ou vice  versa, com final feliz, só existem em contos de fada.

Ninguém vive isolado. Enquanto um casal está em início de namoro, quando só ficam os dois, tudo é  perfeito.

Diferenças culturais, financeiras, sociais, parecem não ser problema. Os defeitos parecem engraçados. O jeito  bruto de falar é estilo, a forma de se vestir é personalidade, a maneira de comer é simplicidade…

Porque um para o outro se bastam, o carinho, os beijos trocados é o tempero do relacionamento.

Mas com o tempo o casal é forçado a se relacionar com as famílias, os amigos, a sociedade, e aí as diferenças vão parecendo ser maiores e de repente parece que o outro é um  “monstro”.

Claro que como em toda regra há exceções. Mas no geral o que se vê são brigas judiciais, violência e  desilusões.

Para um relacionamento dar certo, é necessário que ambos sigam lado a lado em busca de um objetivo em comum. Não é saudável que sejam totalmente iguais, pois não teria evolução, mas serem totalmente diferentes também complica a situação.

Observar a pessoa antes de um envolvimento é uma maneira de evitar problemas futuros.

Quando a diferença de idade é muito grande, o casal terá que se adaptarem aos programas típicos a cada faixa etária, para que nenhum seja violado na sua essência.  Ter paciência para lidar com o preconceito.

Quando se esbarra na questão financeira, a adaptação terá que ser igual, pois o menos “abastecido”  não terá condições de acompanhar o outro aos lugares caros  vestido adequadamente, e o mais rico deverá agir de forma mais simples para não constranger o outro no seu círculo familiar. Também o preconceito vai ser um desafio, porque mesmo no mundo globalizado, a filosofia do “você vale o quanto tem no bolso” ainda é dominante.

Culturalmente, talvez seja a diferença mais fácil de se lidar, porque o aprendizado é aberto a todos, e aí caberá a boa vontade de  se propor a descobrir novos  horizontes,  para se relacionar com o grupo do outro, para que a conversa seja interessante e equilibre o relacionamento.

Após a análise de  prós e contras para assumir um relacionamento, a identificação de que juntos podem trilhar pelos mesmos caminhos, com amadurecimento para enfrentar os obstáculos e companheirismo  suficiente para vencer qualquer barreira… basta manter a generosidade e bondade de um para com outro, para escrever uma verdadeira e linda história de amor.

 

Convivendo com a família de seu familiar.

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Quando numa família há um casamento, é um momento de muita alegria, mas também um momento de perca. Porque a rotina será modificada, e quem era da família, passa a ser um familiar.

“Portanto deixará o homem o seu pai e a sua mãe, e apegar-se-á à sua mulher, e serão ambos uma só carne” (Gênesis 2:23-24), formando assim uma nova família.

Homem e mulher, que criados de maneira diferente, com histórias de vida diferentes, passam a viverem juntos no dia a dia e a conviverem cada um com a então família do outro.

Não é uma tarefa simples, é preciso aceitar e adaptar-se as diferenças de valores e  tipo de  educação.

Existem várias tipos de família. As que superprotegem, as que apóiam  e as que apenas suprem as necessidades básicas.

Para servir de definição vamos usar a mãe, pois basicamente todo formato da família depende da maneira de ser e de agir da figura materna.

Segundo o psiquiatra e educador Içami Tiba:  “A mãe superprotetora é aquela que     poupa o  filho de todo tipo de atividade que caberia a ele. Ela faz tudo em seu lugar: recolhe seus brinquedos, faz sua lição de casa… É aquela que não consegue enxergar que a criança cresce e lhe nega independência. É aquela que, provavelmente, vai concorrer com a futura nora, e acabará atrapalhando o casamento do filho”.

Mãe  protetora  é aquela que protege; que  defende, que apóia. Que estará disposta a ajudar no que for preciso assim que  solicitada. Certamente será aquela mãe que na fase adulta vai ser uma grande conselheira do filho.

Mãe Supridora  é aquela que se preocupa apenas em  suprir as necessidades básicas, tais como alimentação, moradia, vestuário, educação e lazer. Que vai deixar sempre o filho se virar sozinho, que na adolescência  o deixará  fazer o que quiser, e que verá  como finda sua responsabilidade assim que atingir a fase adulta.

Analisando esses três tipos de mães, aqui se adaptando a família, percebe-se que  nenhum modelo é perfeito, porque perfeição é divino, mas todas tem suas vantagens e desvantagens, embora a família protetora esteja mais dentro da normalidade, conviver com esses contrapontos é que definirá o bom relacionamento entre todos.

Por exemplo, um homem criado numa família superprotetora casando-se com uma mulher de família protetora, terão mais facilidade em se adaptarem do que se a mulher fosse criada por uma família supridora. Porque a família supridora tem uma visão de que cada um tem que “se virar” com seus próprios problemas. Já  os outros dois tipos de família de maneira mais branda ou mais intensa, estarão sempre acompanhando a vida de seus filhos, procurando ajudar e evitar sofrimentos. Estarão sempre atentas para perceber onde poderá ocorrer um erro ou  um problema, que para o filho poderá ser visto como conselho, mas para o outro será entendido como palpite.

A família tem que ser vista como uma empresa, porque no ambiente de trabalho as relações interpessoais são levadas mais a sério, e baseiam-se em cinco pilares:

“Autoconhecimento – Fundamental para administrar bem os relacionamentos, autoconhecimento implica reconhecer nossos traços de comportamento, o impacto que causamos nos outros e que comportamentos dos outros nos incomodam. Por exemplo: uma pessoa objetiva e dinâmica, que gosta de agir com independência e rapidez para atingir seus objetivos, pode ter conflitos na interação com um colega de perfil mais cauteloso e metódico, que segue regras à risca e tem um ritmo mais lento por se preocupar com detalhes. Porém, se pelo menos um dos dois tiver autoconhecimento, pode utilizar estratégias que minimizam o conflito com o outro.

Empatia – Trata-se de considerar os outros, suas opiniões, sentimentos e motivações. Sem isso, não há como chegar a uma negociação ganha-ganha, fruto de um relacionamento equilibrado. A empatia também nos torna capazes de enxergar além do próprio umbigo e ampliar nossa percepção da realidade com os pontos de vista dos outros. Entre as várias coisas que se pode fazer para praticá-la, a mais básica é saber ouvir.

Assertividade – Para ter relacionamentos saudáveis, não basta ouvir: é preciso também falar, expressar nossas opiniões, vontades, dificuldades. É aí que entra a assertividade, a habilidade para nos expressar de forma franca, direta, clara, serena e respeitosa.

Cordialidade – Tratar as pessoas com cordialidade é ser gentil, solícito e simpático, é demonstrar consideração pelo o outro de várias formas. Pode ser com o “bom dia” com que saudamos o destinatário de nossa mensagem de e-mail, com o ato de segurar a porta do elevador para alguém entrar ou apanhar do chão um objeto que o colega deixou cair. Dizer “obrigado” olhando a pessoa nos olhos, oferecer-se para prestar uma ajuda, cumprimentar aquele com quem cruzamos no corredor, mesmo sem saber seu nome… A cordialidade desinteressada, que oferecemos por iniciativa própria, sem esperar nada em troca, é um facilitador do bom relacionamento no ambiente de trabalho.

Ética – Ser ético é ter atitudes que não prejudiquem os outros, não quebrem acordos e não contrariem o que se considera certo e justo. Podemos ter muito autoconhecimento, ser altamente empáticos, assertivos e cordiais, mas, se não nos conduzirmos pela ética, não conseguiremos manter relacionamentos equilibrados.” http://www.academiadopalestrante.com.br/artigos/5-pilares-do-relacionamento-interpessoal-no-trabalho

Em qualquer  relacionamento cabe a cada um, usar dos princípios acima, e tratar seus familiares como se fosse um colega na empresa, para que observando o outro, possa entender sua maneira de ser e agir, e lidar de forma cordial com as diferenças.

Ainda não se pode esquecer de ser gratos uns aos outros, pela ajuda concedida no momento oportuno, pela convivência que leva ao crescimento espiritual. Pela alegria de poder compartilhar as vitórias do dia a dia e o companheirismo nos momentos mais difíceis.

Maria nunca será igual João, mas respeitando-se mutuamente poderão viver em completa harmonia.